19 fevereiro 2014

[PUB] Cidades rebeldes: as manifestações de junho no Brasil


20 de Fev. Coimbra::FEUC na sala Keynes às 11h.

«As chamadas "Jornadas de Junho" que aconteceram no Brasil em 2013 modificaram profundamente a conjuntura política do país. De um aparente estado de desmobilização dos movimentos sociais e de satisfação popular com os diferentes governos, passamos subitamente à maior mobilização popular da história brasileira: segundo os institutos de pesquisa de opinião pública, aproximadamente 7 milhões de pessoas saíram às ruas durante os meses de junho e de julho a fim de exigir mais e melhores serviços públicos de educação e saúde, além de investimentos em mobilidade urbana. As várias interpretações surgidas no debate acadêmico tenderam, até o momento, a subestimar a relação conflituosa entre o atual regime de acumulação financeirizado e o modo de regulação dos conflitos sociais criado pelos sucessivos governos do Partido dos Trabalhadores, concentrando-se em analisar a revolta contra a corrupção ou enfocar as demandas por mais democracia. Em nossa apresentação, argumentaremos que as Jornadas de Junho alimentaram-se das contradições criadas e ampliadas pelo atual modelo de desenvolvimento pós-fordista e semiperiférico, assim como da desaceleração econômica experimentada pelo país após 2010»

Nota biográfica do autor:

Ruy Braga é sociólogo e professor livre-docente da Universidade de São Paulo. Realizou Mestrado em Sociologia e Doutoramento em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Campinas. Livros mais recentes: A política do precariado: do populismo à hegemonia lulista. São Paulo: Boitempo, 2012. Hegemonia às avessas: Economia, política e cultura na era da servidão financeira (com Francisco de Oliveira e Cibele Rizek) São Paulo: Boitempo, 2010; Por uma sociologia pública(com Michael Burawoy), São Paulo: Alameda, 2009; Infoproletários: Degradação real do trabalho virtual (com Ricardo Antunes), São Paulo: Boitempo, 2009.

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