29 março 2014

Escolhido o mandatário de Francisco Assis: Ex-comissário europeu e sócio de Paulo Rangel


Depois da apresentação dos candidatos, ficamos a conhecer o mandatário do PS às próximas eleições europeias. António Vitorino faz valer o seu elã de ex-comissário europeu, vindo de um tempo possível da União. Acontece que os ventos da ilusão europeia perderam-se na voragem da austeridade, os tempos novos pertencem aos pragmáticos. Entre eles, o recém apontado mandatário do PS.

Desde a saída dos governos de Guterres e da Comissão Europeia, António Vitorino encontrou amparo no Santander-Totta, no qual preside à mesa da assembleia-geral, assim como, mais tarde, na Brisa e na administração da Siemens. Cargos que desempenhou, desde dezembro de 2005, na qualidade de sócio no escritório de Advogados Cuatrecasas, Gonçalves Pereira.


Este escritório, a fusão de uma das maiores sociedades do Estado Espanhol e a Gonçalves Pereira, tem assessorado muitos dos interessados nos processos de privatização em Portugal, como a Cemig na privatização da EDP e a Galp na entrega da petrolífera a Américo Amorim. Com a aquisição do escritório de António Lobo Xavier, em 2006, a Cuatrecasas firmou-se como uma das sociedades de advogados mais poderosas em Portugal.

Escassos 3 meses separam a entrada de Paulo Rangel, em fevereiro de 2006, e António Vitorino na Cuatrecasas. Introduzido por Lobo Xavier, a ascensão do eurodeputado do PSD na sociedade foi acelerada, valendo-lhe a liderança do escritório no Porto em poucos anos. Já em 2014, em plena pré-campanha para as eleições europeias, pouco mais de 1 mês se passou para que os dois sócios e companheiros de jornada na Cuatrecasas fossem apresentados como antagonistas no embate eleitoral. Coincidências dirão uns, capacidade de dividir as águas afirmarão outros. O veredicto final é a 25 de Maio.

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